Uma coisa muito vendida para a gente é que a ciência pode fazer tudo, entretanto, não é bem assim! A ciência tem que ser interpretada como uma ferramenta para entender a natureza e principalmente, descobrir os limites da natureza. Um dos limites que existe na natureza se relaciona com o gasto energético, ou seja, tudo o que necessita de muita energia para existir, torna-se algo insustentável e, dessa forma, não será encontrado em condições de pressão e temperaturas normais. Um exemplo disso são os elementos químicos, os quais, se distribuem em naturais e transurânicos, ou seja, elementos que podem ser encontrados na natureza, sendo que eles possuem número atômico de 1 a 92 e elementos que somente podem existir de forma sintetizada. Todavia, esses elementos que possuem número atômico superior ao do Urânio (92), surgem da fusão de núcleos de elementos massivos com elementos menos massivos, como é o caso do Oganessônio (Og), o qual possui número atômico igual a 118 e uma massa atômica de aproximadamente 293-294 u. Somente alguns átomos desse elemento super massivo foi produzido até hoje, pela fusão de um átomo de Califórnio (Cf) e um átomo de Cálcio (Ca). As interações intranucleares são tão fortes que o elemento existe por poucos segundos e consome muita energia para existir. Em outras palavras, é um elemento muito difícil de ser mantido em laboratório, o que o torna insustentável naturalmente. Esse indicativo demonstra que será muito difícil conseguir sintetizar novos elementos químicos, os quais necessitariam de 119, 120, 121 prótons em seu núcleo, por exemplo. Átomos gigantes como esses nunca conseguirão a estabilização de seus núcleos, seja em laboratório, seja no centro de uma estrela.

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