200 Da Independencia Independencia Do Brasil E A Ilha De Itaparica

A história da Independência do Brasil é um mosaico, uma diversidade, um complexo, um conjunto, e por isso falamos de “várias independências”, que se unem, mas compreendem particularidades e desafios. No episódio de 10 de março da série “200 da Independência” trataremos um pouco sobre a Independência na Bahia, especialmente a respeito da Ilha de Itaparica.
A Proclamação da Independência do Brasil por Dom Pedro em 7 de setembro de 1822 não foi o início e nem o final de um processo de emancipação. A tornou-se simbólica, mas vários outros acontecimentos foram determinantes, dentre os quais aquilo que se deu na Bahia, onde os conflitos com a resistência portuguesa prosseguiram. Luta difícil e prolongada, constituiu-se o que se chamou de Guerras da Independência na Bahia. A batalha terrestre mais importante foi a de Pirajá, a 8 de novembro de 1822, com a derrota dos portugueses. No mar, destacou-se a batalha de Itaparica, a 7 de janeiro de 1823, em que também foram derrotados os navios de Lisboa.
Para contar mais sobre o lugar que a Ilha de Itaparica ocupa no cenário do processo de Independência, tendo em vista o rico acervo da Biblioteca Nacional a esse respeito, convidamos para falar o pesquisador independente Felipe Peixoto Brito e os professores Pablo Magalhães e Sérgio Guerra.

Felipe Peixoto Brito é natural da Ilha de Itaparica e pesquisador independente. Atua desde o ensino médio em causas ambientais e estudantis, é membro da AEITA (Associação dos Estudantes da Ilha de Itaparica), já tendo atuado em oficinas nos cursos de pré-vestibular oferecidos pela instituição. Em 2016, fundou o Maré de Março - coletivo socioambiental atuante desde então-, em 2017 foi eleito membro dos Conselhos de Cultura e de Turismo do município de Itaparica. Em 2018 foi nomeado Diretor de Políticas Culturais do Município de Itaparica cargo que exerceu até 2020, tempo em que desenvolveu projetos importantes para a preservação e difusão da memória e do patrimônio material e imaterial do município, sendo o principal a implementação na Fortaleza de São Lourenço do Memorial da Independência do Brasil na Bahia, em parceria com a Marinha do Brasil, IPAC, IPHAN-BA, que inaugurado em 7 de janeiro de 2019, tornou-se o primeiro espaço público dedicado à esta memória na ilha de Itaparica. Atua também como fotógrafo, videomaker e escritor, tendo alguns trabalhos e entrevistas publicadas na internet. Em 2019 participou da produção do disco do “O Futuro Não Demora” da BaianaSystem, e recentemente assina como co-compositor da faixa “Corneteiro Luís” da mesma banda, que aborda a temática da Batalha de Pirajá. É colaborador voluntário do Instituto Sacatar, atuando desde 2015, em diversos projetos dos artistas residentes, oriundos de diversos países.

Pablo A. Iglesias Magalhães é Professor Associado I à Universidade Federal do Oeste da Bahia (UFOB), vinculado Centro das Humanidades (CEHU /UFOB), atuando nos cursos de Licenciatura e Bacharelado em História, ao Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais e Humanidades (PPGCHS / UFOB) e ao Programa de Pós-Graduação em História, na Universidade Federal de Sergipe (PROHIS / UFS). Doutor em História Social pela Universidade Federal da Bahia (2010), com estágio doutoral na Universidade de Coimbra (2008), com a tese Equus Rusus: A Igreja Católica e as Guerras Neerlandesas na Bahia (1624-1654), financiada pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) entre os anos de 2005 e 2010. Pesquisador colaborador do BRASILHIS (Universidad de Salamanca / Espanha), do projeto POMBALIA (Portugal), da Comissão Científica da Cátedra Marquês de Pombal (UFS) e do Núcleo de Estudos Musicológicos (NEMUS / UFBA). Tem experiência de pesquisa em arquivos de Portugal, e Espanha, com ênfase em História do Brasil, História do Império Português, História da Educação no Brasil, História da Imprensa, do Livro e da Leitura, História das Guerras Neerlandesas no Brasil (1624-1654) e História da Maçonaria no Brasil.

Sérgio Guerra Filho é doutor em História Social pela Universidade Federal da Bahia, professor Adjunto da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, onde atua na licenciatura em História e no Mestrado Profissional em História da África, da Diáspora e dos Povos Indígenas. É professor no Mestrado Profissional em Ensino de História (ProfHistória) na Universidade do Estado da Bahia (Uneb), campus I. Atuou por mais de uma década como professor de História na Educação Básica. Nas últimas duas décadas, tem se dedicado ao estudo da vida sociopolítica da Bahia na Independência e no pós-Independência, com foco na atuação das classes populares, suas rebeldias e seu protagonismo político, publicando artigos e capítulos de livros sobre a temática.

Fundação Biblioteca Nacional
Secretaria Especial da Cultura
Ministério do Turismo
Governo Federal

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