Neste vídeo falo sobre a prática psicoterapêutica de Freud a partir do seguinte roteiro:
1. Quem é Sigmund Freud?
Médico neurologista que é considerado o pai da psicanálise
Viveu entre 1856 e 1939
Austríaco judeu que precisou se refugiar na Inglaterra no fim da vida por causa do nazismo
2. Fundamentos da clínica psicanalítica
Coleção “Obras Incompletas de Sigmund Freud”, da Editora Autêntica
Volumes temáticos, com textos em ordem cronológica
Antologias temáticas que ajudam bastante iniciantes nos estudos sobre Freud
3. O método psicanalítico freudiano
Texto pequeno e importante que cobre as páginas 51-61
Escrito em 1904, aborda algumas questões gerais sobre psicoterapia
Nesse texto Freud fala de si mesmo na terceira pessoa, algo estranho
4. Catarse, hipnose, fala livre e psicanálise
Catarse: “O procedimento catártico pressupunha que o paciente fosse hipnotizável e fundava-se na ampliação da consciência, que se instaura na hipnose. Ele tinha como objetivo o afastamento dos sintomas da doença, e alcançava essa meta fazendo com que os pacientes regredissem até o estado psíquico em que o sintoma havia aparecido pela primeira vez. Então, no doente hipnotizado surgiam lembranças, pensamentos e impulsos que até então tinham ficado de fora de sua consciência, e quando ele, sob intensas expressões dos afetos, tinha comunicado ao médico esses seus processos anímicos, o sintoma tinha sido superado, e o retorno dele, suspenso.” (p. 51-52).
Hipnose: “Uma vez que sabemos que toda forma de ser hipnotizado, por maior que seja a habilidade do médico, está fundada na arbitrariedade do paciente, e que um grande número de pessoas neuróticas não é passível de ser hipnotizado por nenhum procedimento, foi recusando a hipnose que se conseguiu garantir que o procedimento fosse aplicável a uma quantidade ilimitada de doentes.” (p. 53).
Fala livre: “Para se apoderar essas ocorrências, ele convida os doentes a falarem à vontade em suas comunicações, ‘como, por exemplo, em uma conversa na qual de um assunto se passa a outro totalmente diferente’.” (p. 53).
Psicanálise: “O método peculiar da psicoterapia que Freud exerce e chama de Psicanálise tem sua origem no chamado processo catártico, sobre o qual ele relatou a sua época nos Estudos sobre a histeria, em 1895, elaborado com J. Breuer.” (p. 51).
5. Recalque e resistência
“A partir dessa experiência, Freud conclui que as amnésias são o resultado de um processo que ele chama de recalque, e cujo motivo ele entende serem as sensações de mal-estar. Ele julga sentir as forças psíquicas que trouxeram à tona esse recalque na resistência que se ergue contra o restabelecimento.” (p. 54).
6. Interpretação
“Com base nisso, Freud desenvolveu uma arte da interpretação, que tem o mérito de, a partir dos minérios das ocorrências involuntárias, representar o teor de metal dos pensamentos recalcados. Os objetos desse trabalho de interpretação não são apenas as ocorrências do doente, mas também os seus sonhos, que permitem o acesso mais direto ao conhecimento do inconsciente, bem como seus atos involuntários e não planejados (atos somáticos) e equívocos em suas realizações na vida quotidiana (equivocar-se ao falar, ao agir e assemelhados).” (p. 55).
7. Realizar e gozar
“Assim como a saúde e a doença não são separadas por princípio, mas apenas por um limite somatório determinável a partir da prática, assim também o objetivo do tratamento nunca será algo diferente do que a cura prática do doente, o estabelecimento de sua capacidade de realizar e gozar [produzir e fruir de modo agradável].” (p. 57).
8. Duração do tratamento
“Freud usa longos períodos de tempo, meio ano até três anos para um tratamento eficaz; mas ele informa que até então, devido a diversos fatores fáceis de serem adivinhados, geralmente só conseguiu testar o seu tratamento em casos muito graves, pessoas com uma doença de muitos anos e total incapacidade produtiva que, iludidas por todos os tratamentos anteriores, buscavam um último refúgio em seu procedimento novo e muito questionado. Em casos de doenças mais leves, a duração do tratamento possivelmente seria muito mais curta, e poder-se-ia obter um ganho extraordinário em termos de prevenção para o futuro.” (p. 58).
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