Oi, pessoal. Esse vídeo tem informações preciosas para entendermos o significado de “interacionismo” em Skinner que é diferente do interacionismo de Piaget, do interacionismo de Freud, do interacionismo de Rogers etc. Em tese, todos os teóricos da Psicologia são interacionistas, posto que nenhum ignora ou recusa o fato de que o organismo humano interage com o meio externo. Todos são interacionistas, inclusive o tão apedrejado Watson.

Contudo, ainda que todos sejam interacionistas, cada teórico defenderá um tipo de interacionismo diferente. Skinner, por exemplo, não postula nenhuma causa inata para a interação organismo/ambiente, ao contrário de Piaget que postula a busca pela homeostase (equilíbrio), de Freud que postula os impulsos pulsionais, de Rogers que postula a busca pela autoatualização.

Skinner não trabalha com causas inatas ou iniciais, ele trabalha com causas externas ao organismo. O ser humano não tem nenhum impulso inato para interagir ou controlar o ambiente na visão de Skinner. Nas palavras dele, somos sistemas bioquímicos que agem de determinadas formas SOB certas circunstâncias, resultando em consequências. Não agimos movidos por objetivos, agimos SOB certas circunstâncias. Entender isso é fundamental para sermos fieis ao interacionismo skinneriano e não postularmos causas iniciais, coisa que ele sempre cuidadosamente recusou.

Por fim, a assertiva de que não somos responsáveis por nossos comportamentos arremata a questão. Não pode haver responsabilidade onde não há objetivo, causa inicial, originalidade. Somos um local no qual a genética da espécie e a ontogenética (influência cultural inclusa) se juntam para produzir nossos comportamentos.

Não quer dizer que o canal concorda com o posicionamento de Skinner, mas esse é o posicionamento dele.

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Segundo Skinner, o behaviorismo científico oferece uma interpretação do comportamento, mas não uma explicação de suas causas. A interpretação permite ao investigador da aprendizagem generalizar, tendo como ponto de partida uma condição de aprendizagem simples e fazendo transposições para uma condição de aprendizagem mais complexa. Por exemplo, Skinner generalizou tendo como partida os seus estudos sobre animais, avançando então para a aprendizagem de crianças e depois a de adultos.
Qualquer ciência, inclusive a do comportamento humano, começa com o simples, e eventualmente desenvolve princípios generalizados que permitem a interpretação do que é mais complexo. Skinner utilizou princípios derivados de seus estudos laboratoriais para interpretar o comportamento de seres humanos, mas ele insistia que a interpretação não deveria ser confundida com uma explicação do “porquê” que as pessoas se comportam como se comportam.
Segundo ele, a ciência mostra “como” os fenômenos ocorrem, mas não o “porque” de esses fenômenos ocorrerem. Por exemplo,a ciência pode descobrir como os seres humanos evoluíram na Terra, mas não é da sua alçada explicar o “porquê” de os seres humanos existirem em nosso planeta.
A ciência, segundo Skinner, tem três principais características: Primeiro, a ciência é cumulativa; segundo, ela valoriza a observação empírica; e terceiro, a ciência é uma busca por ordem e por relações reguladas por leis.

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Obras sugeridas:

“Ciência e Comportamento Humano” de B. F. Skinner.
“Theories of Personality”, 7 ed., de Jess Feist e Gregory Feist.
“Theories of Personality”, 9 ed., de Richard Ryckman.
“Theories of Personality”, 9 ed., de Duane Schultz e Sydney E. Schultz.

Samples:

youtube.com/watch?v=NpDmRc8-pyU&t=

youtube.com/watch?v=TXXF9JXLltk&t=

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